Vazia estava.
... como uma árvore no outono, desnuda, desfolhada. Como aquele frasco do perfume preferido, que quando procurado, nada resta, nenhuma gotinha.
... com a boca vazia de beijos, a vontade órfã de iniciativa, a mente zerada de idéias, os pés vagando sem trilha, meu desejo desprovido do seu fruto.
Nada tão grave nem definitivo. Só um dia chuvoso que engole o brilho e as cores, sem calor, inundado, sem arte e sem desastre até. Como um vácuo. Alguns destes dias têm o dom de fazer de mim um conjunto vazio, mas não me impressiono.
Rasgando a manhã, faz o sol hoje a sua estréia, secando as minúsculas gotinhas sobre as folhas das árvores, transformando-as em pequeninos reflexos, como uma renda verde salpicada de pedrinhas brilhantes. Não mais cinza é o dia, agora é vibrante e inundado de cores, reflexos e sensações.
Chega o sOl e me preenche novamente. E daí, transbordo!
(Sarah > abril/2006)
2 comentários:
pelo visto, de leveza vc tb entende! parabéns. e apareça mais vezes, será smepre bem vinda. beijos!
muito massa isso =)
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